Quinteto Armorial

Quinteto Armorial
Quinteto Armorial
Antônio Nóbrega, um dos integrantes do Quinteto Armorial.
Informação geral
Origem Recife
País  Brasil
Gênero(s) música de câmara, música folclórica
Período em atividade 1970–1980
Gravadora(s) Discos Marcus Pereira

O Quinteto Armorial foi um importante grupo de música instrumental brasileiro formado no Recife em 1970, gravaram quatro LPs até o final do grupo, em 1980. A proposta do Quinteto Armorial era criar uma música de câmara erudita com raízes populares, o grupo conseguiu realizar um trabalho de síntese entre a música erudita e as tradições populares do nordeste, além das medievais galaico-portuguesas[1][2].

É considerado o mais importante grupo a criar uma música de câmara erudita brasileira de raízes populares[3].

Histórico

O Quinteto Armorial surgiu no contexto do Movimento Armorial, idealizado pelo escritor Ariano Suassuna, que abrigou entre suas manifestações trabalhos nas áreas da gravura, pintura, tapeçaria, cerâmica, escultura, poesia, romance, teatro e música.[4]

Antônio José Madureira, convidado em 1970 por Ariano Suassuna para liderar o Quinteto Armorial, descreve assim a proposta do grupo: "fazer uma música popular com elementos eruditos".[5]

Sua obra propõe um diálogo entre o cancioneiro folclórico medieval e as práticas criativas dos cantadores nordestinos e seus instrumentos musicais tradicionais.

A seleção de instrumentos musicais com que o grupo trabalhava era condizente com sua proposta de síntese, composta tanto por rabeca, pífano, viola caipira, violão e zabumba quanto por violino, viola, e flauta transversal.[6]

Em 1974, lançaram, pelo selo Marcus Pereira, o seu primeiro disco, "Do Romance ao Galope Nordestino". Por este disco eles ganharam um Prêmio APCA como o "Melhor Conjunto Instrumental do Ano"[1].

Em 1976, como representante do Brasil, apresentaram-se no Festival Nacional de Folklore de Cosquín, na Argentina, a mais importante reunião de cultura popular do continente, sendo considerada pela imprensa como a apresentação mais importante do festival[1].

Integrantes do quinteto

Continuidade

Antônio Nóbrega seguiu carreira solo, o trabalho com a dança e a música tradicional do nordeste que desenvolveu posteriormente mantém profundas relações com as propostas do armorial.[7]

No final dos anos 1990 um trabalho relacionado ao do Quinteto foi desenvolvido pelo Quarteto Romançal. Seu diretor artístico, Antônio José Madureira, foi integrante do Quinteto Armorial.[8]

Discografia

Prêmios e Indicações

Ano Prêmio Categoria Resultado Ref.
1975 Prêmio APCA Melhor Conjunto Instrumental Venceu [1]

Ver também

Referências

  1. a b c d Dicionário Cravo Albin Pagina do grupo
  2. radiobatuta.com.br/ Quinteto Armorial
  3. cliquemusic.uol.com.br/ Quinteto Armorial
  4. * WOITOWICZ, Karina Janz. "O som popular e erudito do Quarteto Romançal." in "Revista Internacional de Folkcomunicação (edição eletrônica)". número 7. ISSN 1807-4960.
  5. * entrevista de Antônio José Madureira ao jornal "O Povo", em outubro de 2005, apud WOITOWICZ, Karina Janz.
  6. * SUASSUNA, Ariano. "Antônio Madureira." artigo publicado em "A Noticia", Santa Catarina, 9/3/1999
  7. * NÓBREGA, Antonio. "Brincar, atuar, transformar." entrevista à Revista do Brasil. número 13, Junho de 2007. editada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
  8. * WOITOWICZ, Karina Janz. "O som popular e erudito do Quarteto Romançal." in "Revista Internacional de Folkcomunicação (edição eletrônica)". número 7. ISSN 1807-4960

Bibliografias

  • SANTOS, Nívea Lins. O galope nordestino diante do parque industrial: o projeto estético do Quinteto Armorial no Brasil moderno. 2015. 182 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, 2015
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