Norman Borlaug

Norman Borlaug Medalha Nobel
Norman Borlaug
Nascimento Norman Ernest Borlaug
25 de março de 1914
Cresco
Morte 12 de setembro de 2009 (95 anos)
Dallas
Nacionalidade Estadunidense
Cidadania Estados Unidos
Alma mater
  • Universidade de Minnesota
Ocupação biólogo, professor universitário, geneticista, engenheiro agrônomo, engenheiro
Prêmios Nobel da Paz (1970), Medalha Presidencial da Liberdade (1977), Prêmio Vannevar Bush (2000), Medalha Nacional de Ciências (2004)
Empregador(a) Universidade de Iowa
Campo(s) Agronomia
Religião luteranismo
Causa da morte linfoma não Hodgkin
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Norman Ernest Borlaug (Cresco, 25 de março de 1914Dallas, 12 de setembro de 2009) foi um engenheiro agrônomo e biólogo estadunidense.[1] Foi famoso pelos seus trabalhos a fim de combater a fome ao redor do mundo.

Biografia

Educação e Carreira

Borlaug formou-se em Agronomia pela Universidade de Minnesota em 1942, especializando-se em genética e patologia vegetal. Após ter obtido seu Ph.D. em fitopatologia e genética pela Universidade de Minnesota em 1942, Borlaug trabalhou como pesquisador agrícola no México, onde desenvolveu a variedade de trigo semi-anão de alto rendimento, resistente a doenças fúngicas. Como resultado, o México tornou-se um exportador líquido de trigo em 1963. A seguir, Borlaug introduziu variedades de alto rendimento e técnicas modernas de produção agrícola no Paquistão e na Índia. Entre 1965 e 1970, a produção de trigo quase dobrou no Paquistão e na Índia, melhorando consideravelmente a segurança alimentar desses países.

Estes aumentos na produtividade e produção agrícolas de meados do Século XX foram chamados de Revolução Verde. Estima-se que o trabalho de Borlaug tenha salvo da inanição entre 245 milhões e 1 bilhão de vidas em todo o mundo. Em reconhecimento à sua contribuição para a paz mundial através do aumento do fornecimento de alimentos, ele foi premiado com o Nobel da Paz em 1970.

Mais tarde, ele ajudou a aplicar estes métodos de produção de alimento na Ásia e África. Borlaug defendeu o uso dos métodos técnico-científicos da Revolução Verde e agora da biotecnologia com o objetivo de diminuir a fome mundial.

Críticas ao trabalho de Borlaug

Entre as críticas ambientais e socioeconômicas que tem enfrentado estão as de que seus métodos criaram dependência de monoculturas em muitos países, que as técnicas de agricultura são insustentáveis no longo prazo, que elas levam ao endividamento dos agricultores de subsistência, e que provocam níveis elevados de câncer entre as pessoas que trabalham com produtos químicos da agricultura. Borlaug rejeitou enfaticamente muitas destas acusações como infundadas ou falsas.

Borlaug tem sido um perseverante defensor de seus métodos e da biotecnologia em geral para aumentar a produtividade agrícola. No entanto, ele tem sido criticado tanto do ponto de vista econômico quanto do ambientalista. Borlaug rejeitou tais críticas como infundadas ou não-verdadeiras.

Prêmio Mundial da Alimentação

Em 1986, Borlaug criou o Prêmio Mundial da Alimentação, destinado a reconhecer os indivíduos que melhorem a qualidade, a quantidade e a disponibilidade de alimentos em todo o mundo.

Morte

Borlaug faleceu em 12 de setembro de 2009, aos 95 anos, por conta de um Linfoma não Hodgkin

Prêmio Nobel

A Academia Sueca, a organização que gerencia o Prêmio Nobel, reconheceu o trabalho de Borlaug como agrônomo e humanitário ao conceder-lhe o Prêmio Nobel da Paz, em 1970. Borlaug foi uma das cinco pessoas que ganharam o Prêmio Nobel da Paz, a Medalha Presidencial da Liberdade e a Medalha de Ouro do Congresso. Também recebeu o Padma Vibhushan, a segunda mais alta honraria civil da Índia.

Referências

  1. Swaminathan, M. S. (2009). «Obituary: Norman E. Borlaug (1914–2009) Plant scientist who transformed global food production». Nature. 461 (7266): 894–894. ISSN 0028-0836. doi:10.1038/461894a 

Ligações externas

  • «Perfil no sítio oficial do Nobel da Paz 1970» (em inglês) 

Precedido por
Organização Internacional do Trabalho
Nobel da Paz
1970
Sucedido por
Willy Brandt
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1981: William Oliver Baker 1982: Lee Alvin DuBridge 1983: Frederick Seitz 1984: Roger Revelle 1985: Hans Bethe 1986: Isidor Isaac Rabi 1987: David Packard 1988: Glenn Theodore Seaborg 1989: Linus Pauling 1991: James Van Allen 1992: Jerome Wiesner 1993: Norman Hackerman 1994: Frank Press 1995: Norman Foster Ramsey 1996: Philip Abelson 1997: Guyford Stever 1998: Robert Michael White 1999: Maxine Singer 2000: Herbert York e Norman Ernest Borlaug 2001: Harold Varmus e Lewis Branscomb 2002: Erich Bloch 2003: Richard Atkinson 2004: Mary Lowe Good 2005: Bob Galvin 2006: Charles Hard Townes e Raj Reddy 2007: Shirley Ann Jackson 2008: Norman Ralph Augustine 2009: Mildred Dresselhaus 2010: Bruce M. Alberts 2011: Charles M. Vest 2012: Leon Max Lederman

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