José Rufino Bezerra Cavalcanti

José Rufino Bezerra Cavalcanti (Vitória de Santo Antão, 16 de agosto de 1865 — Recife, 27 março de 1922), foi um advogado e político pernambucano.[1]

Biografia

Filho de proprietários rurais ligados à produção açucareira, foi usineiro no município do Cabo de Santo Agostinho e senhor de engenho em Vitória de Santo Antão. Aluno da tradicional Faculdade de Direito do Recife, concluiu seus estudos com 21 anos de idade.[1]

Eleito governador em 1919, desenvolveu uma política de conciliação entre as classes produtoras, aproximando os usineiros e os comerciantes.[1] Acometido de doença incurável, foi obrigado a se afastar do cargo.[1] Além do governo estadual, José Bezerra exerceu mandatos de deputado federal e senador, além de ter sido Ministro da Agricultura do Governo Venceslau Brás.[1]

Jose Bezerra era o maior acionista da Companhia Geral de Melhoramentos de Pernambuco, empresa que além de produzir açúcar e álcool na Usina Cucau, construiu uma estrada de ferro ligando a usina ao município de Barreiros. Seu patrimônio incluía os engenhos Novo, Barbalho, Pirapama, São João, Malinote, Malakof, Mataparipe, São Pedro e um terço do Santo Inácio.

Era casado com Hercília Pereira de Araújo,[1] que teve onze filhos dos quais sete sobreviventes, um deles, José Bezerra Filho que nasceu em 22 de Fevereiro de 1890 em Vitória de Santo Antão, PE, deputado estadual (PE) em 1920, prefeito do Cabo de 1923 a 1926, em 1940 foi presidente do Departamento Administrativo de PE, faleceu no Rio de Janeiro, RJ em 19 de Março de 1959.

Um dos 7 filhos de José Rufino, era Hercília (Cilú), que veio a casar-se com Alfredo Bandeira de Melo, filho do também Governador, Herculano Bandeira de Mello, que curiosamente, além de ser amigo pessoal de Rosa e Silva, fazia parte dos Rosistas. Criando assim, a união entre duas das mais tradicionais famílias usineiras estado de Pernambuco.

A escolha de Jose Bezerra para o Ministerio da Agricultura é um fato curioso na historia do Pais. Em 1915, na época da aliança Minas-São Paulo, mais conhecida como politica do café com leite, Jose Bezerra disputou uma vaga para o senado com o conselheiro Rosa e Silva. Ele venceu a eleição mas quem assumiu foi o candidato perdedor, por interferência do senador gaúcho Pinheiro Machado por não ter conseguido suceder o marechal Hermes da Fonseca, na Presidência da Republica.

Jose Bezerra Neto destaca na vida politica do avo o empréstimo patriótico, em parceria com o ex-prefeito do Recife, Lima Castro, os dois governantes pediram dinheiro à população para fazer o calçamento de varias ruas do Recife: Hospício, Riachuelo, Aurora, Concordia, Conde da Boa Vista e Cais Jose Mariano. Jose Bezerra assinou um decreto tornando o Estado fiador do empréstimo patriótico. A Prefeitura teve um prazo de 25 anos para devolver o dinheiro aos moradores, com juros de 7% ao ano.[2]

Referências

  1. a b c d e f «Biografia» (PDF). Consultado em 10 de fevereiro de 2021. Arquivado do original (PDF) em 5 de novembro de 2021 
  2. «Caderno Cidades». Recife. Jornal do Comércio. 22 de junho de 1997 

Precedido por
Pandiá Calógeras
Ministro da Agricultura do Brasil
1915 — 1917
Sucedido por
João Gonçalves Pereira Lima
Precedido por
Manuel Borba
Presidente de Pernambuco
19191923
Sucedido por
Sérgio Loreto
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Segundo reinado
(D. Pedro II)
Bandeira do Brasil
República Velha
(1.ª República)
Era Vargas
(2.ª e 3.ª Repúblicas)
Período Populista
(4.ª República)
Ditadura militar
(5.ª República)
Nova República
(6.ª República)
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Vice-presidente
Venceslau Brás, 9º Presidente do Brasil
Ministérios
Agricultura, Indústria e Comércio
Fazenda
Guerra
Justiça e Negócios Interiores
Marinha
Relações Exteriores
Viação e Obras Públicas
Órgãos
(ligados à
Presidência da
República)
Consultoria Geral
da República
Secretaria da Presidência
da República
  • Hélio Lobo (1914–1916)
  • Lafayette de Carvalho e Silva (interino) (1916)
  • Sebastião Maggi Salomon (interino) (1916–1918)
← Gabinete de Hermes da Fonseca (1910–1914) • Gabinete de Delfim Moreira (1918–1919) →
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  1. José Cerqueira de Aguiar Lima
  2. José Simeão de Oliveira
  3. Albino Gonçalves Meira
  4. Ambrósio Machado da Cunha Cavalcanti
  5. Barão de Lucena
  6. José Antônio Correia da Silva
  7. José Maria de Albuquerque Melo
  8. Barão de Contendas
  9. Ambrósio Machado da Cunha Cavalcanti
  10. Barbosa Lima
  11. Joaquim Correia de Araújo
  12. Sigismundo Gonçalves
  13. Antônio Gonçalves Ferreira
  14. Sigismundo Gonçalves
  15. Herculano Bandeira
  16. Estácio Coimbra
  17. João da Costa Bezerra de Carvalho
  18. Dantas Barreto
  19. Manoel Borba
  20. José Rufino Bezerra Cavalcanti
  21. Sérgio Loreto
  22. Estácio Coimbra
  23. Carlos de Lima Cavalcanti
  24. Amaro de Azambuja Vila Nova
  25. Agamenon Magalhães
  26. Etelvino Lins
  27. José Neves Filho
  28. José Domingues da Silva
  29. Demerval Peixoto
  30. Amaro Gomes Pedrosa
  31. Otávio Correia de Araújo
  32. Barbosa Lima Sobrinho
  33. Agamenon Magalhães
  34. Antônio Torres Galvão
  35. Etelvino Lins
  36. Cordeiro de Farias
  37. Otávio Correia de Araújo
  38. Cid Sampaio
  39. Miguel Arraes
  40. Paulo Pessoa Guerra
  41. Nilo Coelho
  42. Eraldo Gueiros Leite
  43. Moura Cavalcanti
  44. Marco Maciel
  45. José Muniz Ramos
  46. Roberto Magalhães
  47. Gustavo Krause
  48. Miguel Arraes
  49. Carlos Wilson
  50. Joaquim Francisco
  51. Miguel Arraes
  52. Jarbas Vasconcelos
  53. Mendonça Filho
  54. Eduardo Campos
  55. Lyra Neto
  56. Paulo Câmara
  57. Raquel Lyra

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Século XXI
Século XX
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